O Encontro Nacional dos Estudantes de Artes - ENEARTE é um evento itinerante, de cunho científico, político, acadêmico e cultural. Constituído por estudantes de Licenciatura e/ou Bacharelado das diversas áreas de Artes, em todo o país. Tem por objetivo promover a discussão e a reflexão sobre a Arte e a sociedade, e apresenta-se como um espaço de intercâmbio cultural. A troca de experiências e a divulgação de trabalhos científicos dos alunos de artes de todo o país são sempre privilegiadas neste encontro, pois, assim, objetiva-se também o fortalecimento e o reconhecimento dos cursos nas universidades e a valorização da arte como campo de pesquisa e conhecimento científico. Essa é uma das razões pelas quais este encontro visa construir um diversificado painel da produção artístico-acadêmico em âmbito nacional.
A DaDa Galeria apóia o evento e recebe, entre os dias 21 e 29 de setembro de 2013 a exposição "Cadeira Suspensa", da artista Vânia Isabel Carré (Vica).
Sonhar... ou manter os pés no chão.
ResponderExcluirEssa batalha constante na mente do homem moderno entre o desejo e a razão se reflete em "Cadeira suspensa".
Citando Nietzsche, "Para o forte, o conhecimento, o dizer sim à realidade é uma necessidade tal como para o fraco, sob a inspiração da fraqueza, também é uma necessidade a covardia e a fuga perante a realidade — o ‘ideal’"
A cultura ocidental entende que nós, seres humanos, somos seres racionais, e que, portanto, enquanto seres racionais caber-nos-ia o dever de dominar nossas emoções, nossas paixões, esse lado animal não racional que também trazemos em nós.
Tradicionalmente opõe-se os termos "paixão" e "razão" em filosofia. O termo grego pathos entra na tradição filosófica significando aquilo que acontece ao homem, algo do qual ele é uma vítima passiva. Ou seja, utiliza-se este termo para designar uma passividade do sujeito, uma experiência sofrida, dominadora e irracional, opondo-o aos termo logos ou phronesis, também do grego, que são utilizados para referir-se ao pensamento lúcido ou à conduta esclarecida.
Quem nunca viveu este tipo de experiência: querer uma coisa e fazer outra, ou ao invés, não querer algo e fazê-lo?
Que força é esta que em momentos críticos das nossas vidas se sobrepõem à nossa vontade? Esta força com seus lados positivo e negativo, dependendo sempre da forma como interpretamos esta dualidade que nos confunde e origina um turbilhão de emoções e pensamentos incomodativos geram-nos confusão. Neste estado lábil, ficamos inseguros nas decisões a tomar, podendo conduzir-nos a pensamentos e sentimentos instáveis, que se viram contras nós mesmos.